sábado, 18 de julho de 2009

O Princípe Virou Monstro

Sou bancária no interior de São Paulo, numa cidade pequena, casada, um filho e 38 anos. Morena clara, baixinha, magra, não tem nada em mim que chame a atenção em especial, embora não seja feia. Levo uma vida totalmente comum.


Fui convocada pelo Recursos Humanos do banco para fazer um curso de 5 dias em São Paulo. Embora contrariada, tinha que ir.


No ônibus e sentei-me ao lado de um homem de terno e óculos escuros, aparentando ter 45 anos, cabelos e barba grisalhos, bonito, alto e magro. Não me olhou quando me sentei ao lado. No início da viagem, que duraria 5 horas, o homem pegou um livro e começou a ler. Adormeci e acordei muitas vezes e o homem continuava lendo em silêncio.


O ônibus parou num posto e ele ficou ao meu lado no balcão. Pedi um refrigerante e ele um café. Sem me olhar, perguntou se eu morava em São Paulo. Disse que não, que não conhecia São Paulo direito e sempre me perdia quando ia lá, tentando ser bem humorada. Ele me disse que me ajudaria a não me perder.





Chegamos em São Paulo e ele, ainda na estação me ofereceu uma carona até onde eu ficaria. Disse que ele não precisava se incomodar, mas... Um homem tão bonito, tão educado, senti-me segura. Falei para ele o nome do hotel para o qual ia e ele disse que me levaria lá.


No estacionamento da rodoviária, dirigiu-se a seu carro, colocou minha mala e a maleta que ele levava no carro e saímos, sem conversas. Tive um pouco de medo, sem saber do quê.





Deixou-me na porta do hotel. Após um banho, me arrumei e pedi um sanduíche no quarto. Pouco depois, o fone tocou. Um funcionário do hotel me disse que o “Senhor Jorge estava ali, querendo falar comigo”. Quem?? Desci para atender. Era o misterioso homem do ônibus. Sorriu pela primeira vez e perguntou se podia me convidar para jantar. Concordei, mas preocupada com qualquer coisa que pudesse acontecer, disse que jantaríamos só se fosse no hotel.


No jantar falei sobre mim e o que estava fazendo ali. Ele falou sobre si próprio. Trabalhava na diretoria de uma corporação, era casado, morava em São Paulo, mas a esposa estava em viagem. Chegou em casa e sentiu-se só, por isto estava ali.





Olhei aquele homem bonito, aparentemente rico, extremamente educado... era um príncipe, mas eu jamais teria algo fora do casamento, cujo principal pilar é a fidelidade, e eu tinha total convicção na minha fidelidade. Algumas horas depois de conversa e alguns drinks esta convicção já estava abalada. Ele me contava de suas viagens ao exterior e ali pensei comigo mesma: “Se ele avançar o sinal, vou encarar!”.


Pouco depois, ele segurou minha mão e me olhou sério. Disse: “Você é uma mulher linda... tão atraente, espontânea...” Eu sorri, agradeci. Ele disse que ia se hospedar num quarto do hotel para ficar próximo de mim. Gelei por dentro.





Eu queria, mas não devia.... mas isto jamais aconteceria de novo. Apesar do medo, eu aceitaria o convite que ele me faria: irmos ao quarto que ele alugou.


Ele percebeu meu medo, me tranqüilizou, pediu que eu ficasse à vontade para parar e ir embora a qualquer momento que quisesse, e acabei me sentindo mesmo à vontade.


Passamos a noite junto, fizemos amor diversas vezes, conversamos por horas, ouvimos músicas... passamos a noite acordados e no dia seguinte eu me sentia feliz como uma adolescente.





Durante dois dias eu ia ao curso, e ele saía para trabalhar. Depois nos encontrávamos, íamos a lugares maravilhosos e depois... para a cama juntos. Eu estava apaixonada e ele dizia que também estava.


O terceiro dia seria igual, só que ele chegou diferente: parecia tenso. Quis ir direto para o quarto.


Deitei na cama dele e ele tomou banho. Voltou, veio para a cama e sem dizer nenhuma palavra amável, como nas noites anteriores, me despiu com rispidez. Começou a me penetrar violentamente, eu estranhava o jeito dele, não era o cavalheiro de antes.





Então ele me virou de bruços e percebi que ele queria me penetrar por trás. Nunca tinha feito sexo anal, mesmo com as insistências de meu marido. Pedi que ele não fizesse isto, ele não respondeu e violentamente penetrou meu ânus. Senti uma dor terrível. O vai-e-vem que ele fazia me lembrava a dor de uma injeção no intestino, a cada vez que ele penetrava era uma injeção. Chorei, a dor era grande, ao mesmo tempo em que sentia vergonha do que estava acontecendo, mas ele não parava, eram dezenas de injeções! Até que finalmente ele ejaculou e parou. Neste instante senti uma vontade incontrolável de evacuar. Levantei-me rapidamente e corri ao WC, com esperma escorrendo pelas pernas. No banheiro, chorando, ouvi o barulho de vidro quebrando. Assim que saí, vi Jorge sentado na cama em prantos. Ele tinha estilhaçado um copo contra a parede. Chorando, se ajoelhou aos meus pés e me pediu perdão, disse que agira como um animal. Perguntou com lágrimas nos olhos se eu o perdoava e eu perdoei. Ele me abraçou com força, disse que me amava como a ninguém antes.





Passamos uma noite silenciosa, dormimos e quando acordei ele não estava a meu lado sorrindo como nas manhãs anteriores. Ele tinha saído enquanto eu dormia. Intrigada, fui para o curso.


Final de jornada e Jorge não chegou. Já de madrugada ele me ligou, estava num barzinho próximo do hotel com uns amigos, e pela voz, estava bêbado. Disse que me amava, mas não dormiria no hotel naquela noite e que talvez nunca mais nos víssemos. Chorei muito. Achei que ele estava com algum problema sério, em apenas alguns dias sentia como se o conhecesse há anos. Tomei uma decisão radical: pedi para chamarem um táxi e fui ao barzinho onde ele disse que estava. O local, um “piano bar”, estava quase vazio. No fundo, numa mesa com cinco homens, reconheci o Jorge. Fui até a mesa.





Cheguei sorrindo, mas ele me recebeu com uma frieza gélida. Não me perguntou nada, parecia que eu era apenas uma conhecida. Olhou para os amigos e disse: “Deixem que lhes apresente a N., uma grande amiga... e uma bela namorada”..e riu. Me senti humilhada e fiquei séria.


Então Jorge afastou sua cadeira da mesa e sem se levantar, disse aos amigos: “Vejam aqui um caso de mesquinharia pequeno burguesa... mesquinha mas gostosa... vocês já viram coxas assim?” e levantou totalmente meu vestido, me expondo aos amigos. Perplexa, pois ele foi rápido, senti que ele me virou de costas para os amigos e disse: “Olhem só esta bunda... escultural, não?” Para piorar minha humilhação, ele deu um puxão para cima em minha calcinha, fazendo que ele entrasse dentro de minhas nádegas. Tentei sair, mas ele me puxou e me fez sentar numa cadeira na mesa.





Os amigos sorriam constrangidos, eu estava apavorada e muito envergonhada. Pelo olhar de um dos garçons, era claro que ele tinha visto, mesmo na penumbra do local.


Então Jorge me disse que o Gil, um dos homens da mesa, era fotógrafo profissional e que ele, Jorge, queria fotos minhas. Eu disse: “Jorge, pára com isto! O que está acontecendo? Me deixa ir embora e não apareça mais!”.


Jorge ignorou totalmente o que falei e disse: “Olha só, Gil, que tal uma foto destes peitinhos?” e num forte puxão, arrebentou os botões de minha blusa e, à força, arrancou meu soutien, me deixando com os seios à mostra - e a esta altura todos os presentes no bar já nos olhavam.





Segurando a blusa sobre os seios me levantei, mas Jorge segurou minha mão e disse: “Pára! Pára, eu te levo!” Sem conseguir me desvencilhar dele e ao mesmo tempo querendo esclarecimentos, deixei que ele se levantasse e me acompanhasse. Já em pé, ele chamou o tal Gil para ir conosco.


Gil levantou-se rapidamente e veio em nossa direção. Achei que ele me defenderia, pois o Jorge estava se mostrando um homem perigoso.





Fomos os três para o hotel e lá para o tal quarto de Jorge. Entrando no quarto, possessa, comecei a socar o Jorge chorando e ele me atirou na cama. Saltou sobre mim e tirou minha roupa à força, com o tal Gil apenas olhando cinicamente. Segurou minhas mãos, eu já estava nua e ele disse: “Pára de resistir!” e me esbofeteou o rosto. Aí ele disse: “Vai, Gil, mete nesta vaca brega!” Ofendida, humilhada, vi o Gil se despir e vir para cima de mim. Jorge saiu da cama e eu tentei resistir, mas o Gil era forte e me violentou, enquanto Jorge assistia em silêncio, sentado numa cadeira do quarto, tomando uma bebida. Quando o Gil terminou o “serviço”, calmamente vestiu-se e chamou Jorge para irem embora. Saíram e fui para meu quarto.





Terminado os dias do curso, voltei para minha cidade. Ouvi falar muito em Jorge, que se tornou político. Gil é fotógrafo considerado um grande fotógrafo artístico. E eu, após muito sofrimento, passei a ver os homens de outra forma.

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